sábado, 18 de setembro de 2010

RC DISCO -APOCALIPSE 86


Descrição: Sempre romântico, Roberto gravou em 1986 este disco, do qual se destaca "Apocalipse", canção de forte apelo dramático. Além dela, o repertório apresenta as belíssimas "Amor Perfeito", "Quando Vi Você Passar", "O Nosso Amor", "Eu Quero Voltar Pra Você" e muito mais. Um CD fantástico que não pode ficar fora de sua coleção. Vale a pena conferir!


Descrição: Utilizando como tema a mulher moderna, que trabalha e é dona de seu próprio nariz, "Se Diverte e Já Não Pensa em Mim" foi a primeira música de trabalho deste CD, lançado por Roberto Carlos em 1988. O repertório traz ainda "Se Você Disser que Não me Ama", "Como as Ondas no Mar", "Eu Sem Você" e muito mais. Sensacional!


Descrição: Você não pode deixar de conferir o primeiro CD ao vivo do Rei Roberto Carlos. Lançado originalmente em 1988, o repertório traz releituras de sucessos de várias épocas, além de uma faixa inédita em seu repertório, "Imagine", gravada em dueto com a jovem cantora Gabriela. Fantástico!



Descrição: Canção de forte teor ecológico, "Amazônia" deu o pontapé inicial na divulgação deste CD, lançado originalmente em 1989. O repertório traz ainda outros grandes destaques da carreira do Rei Roberto Carlos, como "Pássaro Ferido" e uma versão em espanhol para "Smile", de Charlie Chaplin. Não deixe de conferir!

Data de lançamento: 6 de abril de 2004. / CD

BOX RC ANOS 80 MAIS INGLES

Roberto Carlos - 80'

1- A Guerra dos Meninos
2- O Gosto de Tudo
3- A Ilha
4- Eu me vi tão só
5- Passatempo
6- Não se afaste de mim
7- Procura-se
8- Amante à moda antiga
9- Tentativa
10- Confissão

 
 
 
 
 
Roberto Carlos - 81'


1- Ele está pra chegar

2- Simples mágica

3- As Baleias

4- Tudo pára

5- Doce loucura

6- Cama e mesa

7- Emoções

8- Quando o sol nascer

9- Eu preciso de você

10- Olhando estrelas
Roberto Carlos - '81 (Inglês)


1- Honestly

2- At peace in your smile

3- Loneliness

4- Sail away

5- Niagara

6- Buttons on your blouse

7- Breakfast

8- Come to me tonight

9- You will remember me

10- It's me again

Roberto Carlos - 82'


1- Amiga

2- Coisas que não se esquece

3- Fim de Semana

4- Pensamentos

5- Quantos momentos bonitos

6- Meus amores da televisão

7- Fera ferida

8- Como é possível

9- Recordações

10- Como Foi

Roberto Carlos - 83'


1- O amor é a moda

2- Recordações e mais nada

3- Estou aqui

4- Preciso de você

5- Me disse adeus

6- Você não sabe

7- O Côncavo e o convexo

8- No mesmo verão

9- Perdoa

10- A partir desse instante


Roberto Carlos - 84'


1- Coração
2- Eu e ela
3- Aleluia
4- Lua nova
5- Cartas de amor
6- Caminhoneiro
7- Eu te amo
8- Sabores
9- As mesmas coisas





Roberto Carlos - 85'


1- Verde e amarelo

2- Da boca pra fora

3- Só vou se você for

4- Paz na terra

5- Contradições

6- Pelas esquinas da nossa casa

7- Símbolo sexual

8- A atriz

9- Você na minha mente

10- De coração pra coração

Roberto Carlos - 86'


1- Apocalipse

2- Do fundo do meu coração

3- Amor perfeito

4- Quando vi você passar

5- Eu sem você

6- Nêga

7- O nosso amor

8- Tente viver sem mim

9- Aquela casa simples

10- Eu quero voltar pra você

Roberto Carlos - 87'


1- Tô chutando lata

2- Menina

3- Águia dourada

4- Coisas do coração

5- Canção do sonho bom

6- O Careta

7- Antigamente era assim

8- Ingênuo e sonhador

9- Aventuras

10- Todo mundo está falando
Roberto Carlos - 88'


1- Se diverte e já não pensa em mim

2- Todo mundo é alguém

3- Se você disser que não me ama

4- Como as ondas do mar

5- Se o amor se vai

6- Papo de esquina

7- Eu sem você

8- O que é que eu faço

9- Toda vã filosofia


Roberto Carlos - 88' Ao Vivo


1- Abertura (Instrumental)
2- Proposta
3- Emoções
4- Lobo mau, Eu sou terrível, Amante à antiga
5- Canzone Per Te
6- Outra Vez
7- Pot-Pourri (Medley)
8- Detalhes
9- Imagine








Roberto Carlos - 89'


1- Amazônia
2- Tolo
3- O Tempo e o vento
4- Se você me esqueceu
5- Pássaro Ferido
6- Nem às paredes confesso
7- Só você não sabe
8- Sonrie (smile)
9- Se você pretende

ELAS CANTAM RC

Lançamento 04/09/2009

Só mesmo Roberto Carlos para reunir tantas estrelas numa noite só: o Teatro Municipal de São Paulo recebeu no dia 26 de maio de 2009 vinte divas da música brasileira para encantar Roberto Carlos em um show inesquecível.
O espetáculo que recebeu o nome de “Elas Cantam Roberto Carlos”, faz parte das comemorações especiais dos 50 anos de carreira do rei e contou com a presença de nomes de peso no palco.
O tão aguardado show teve Hebe Camargo cantando Você Não Sabe, o dueto de Zizi Possi e Luiza Possi com Canzone Per Te, Alcione, Daniela Mercury, Claudia Leitte, Ana Carolina, Adriana Calcanhotto, Marília Pêra, Sandy, Wanderléa, Ivete Sangalo e outras grandes divas.
O show chegou ao seu auge com a emocionante interpretação do rei com Emoções. Para encerrar a apresentação com chave de ouro, as musas embalaram Como É Grande O Meu Amor Por Você.
O tributo “Elas Cantam Roberto Carlos” teve direção musical de Guto Graça Mello e direção artística de Monique Gardenberg. Apresentamos esse belíssimo show em CD. HR Imperdível!

Disco 1


1. Você Não Sabe - Hebe Camargo

2. Canzone Per Te - Luiza Possi / Zizi Possi

3. Proposta - Zizi Possi

4. Sua Estupidez - Alcione

5. Desabafo - Fafá de Belém

6. A Distância - Celine Imbert

7. Se Você Pensa - Daniela Mercury

8. Você Vai Ser o Meu Escândalo - Wanderléa

9. Nossa Canção - Rosemary

10. Todos Estão Surdos - Fernanda Abreu

11. 120… 150… 200 Km Por Hora - Marilia Pera


Disco 2

1. As Curvas da Estrada de Santos - Paula Toller

2. Como Dois e Dois - Marina Lima

3. As Canções que Você Fez para Mim - Sandy

4. Só Você Não Sabe - Mart’nália

5. No Fundo do Meu Coração - Adriana Calcanhotto

6. Falando Sério - Claudia Leite

7. Não Se Esqueça de Mim - Nana Caymmi

8. Força Estranha - Ana Carolina

9. Olha - Ivete Sangalo

10. Emoções - Roberto Carlos

11. Como É Grande o Meu Amor Por Você - Rc & Divas

AS 5 MELHORES MUSICAS DE RC

Em 50 anos de carreira, qual é a melhor música de Roberto Carlos? Foi essa a pergunta feita a artistas, jornalistas e compositores durante vários meses. O resultado aparece no quadro abaixo, com a eleição das cinco melhores do repertório do Rei.

O resultado coloca no topo do repertório de Roberto Carlos músicas lançadas na década de 1960, especialmente as da época da jovem guarda. É o caso da vencedora, "Quero que Vá Tudo pro Inferno", lançada em 1965. A música foi a preferida de Paulo Miklos, do Titãs, e do crítico musical Pedro Alexandre Sanches.
Cada um dos eleitores convidados escolheu cinco canções favoritas, na ordem preferida. Um total de 34 músicas foram votadas, todas do período entre as décadas de 1960 e 1980. Foram lembrados desde clássicos como "Detalhes" e "Emoções" até outras que não fizeram tanto sucesso, como "O Tempo Vai Apagar", "Todos Estão Surdos" e "Sua Estupidez".
Parte das comemorações pelos 50 anos de carreira vai continuar ainda em 2010, quando o Rei tem um show marcado para Nova York, no mês de abril, e deve colocar nas lojas mais um álbum e um DVD ao vivo.


ROBERTO CARLOS PRODUTO COMERCIAL

Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de dezembro de 1985


A cada ano repete-se a operação Roberto Carlos. Vendas antecipas (este ano chegando a 1.300.000 cópias), espaços nobres na imprensa nacional e as discussões de sempres em torno da mesmice, da repetição cíclica que faz, há 20 anos , o "Rei"se manter como campeão absoluto em vendagens e popularidade. Inútil negar: RC mantém a fórmula segura de alcançar um público que, ao longo destas duas décadas, só tem crescido. As sua músicas falam de amor, dor-de-cotovelo com toques ora ufanistas (este ano a "Verde e Amarelo", com olhos fixados na próxima Copa do Mundo), como no passado foi para o lado espiritualista e na abertura sensual - presente aqui em "Simbolo Sexual".
-"Com o poder que ele tem de comunicação, poderia fazer alguma coisa pela nossa verdadeira música . O que ele canta não é brasileiro, embora agrade ao público. Mas de vez em quando ele poderia dar uma colherzinha de chá a música brasileira".
Realmente, R. C. é um fenômeno em termos de comunicação e produto comercial. Mais do que sinplesmente gostar ou desgostar de sua música, é preciso ve-lo como intérprete de um produto que - tal como um bom sabonete ou uma marca de cigarro- tem a preferência nacional. Para tanto, nem ele-nem a gravadora-arriscam-a mudar em nada a forma com que o é servido.

RC ROMANTICO ESPIRITUAL E FALANDO DE MOTEL

Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de dezembro de 1981


Poucas vezes se viu algo igual. Para provar de que grandes crises exigem soluções corajosas, o presidente da CBS, disposto a fazer o maior ídolo da empresa, Roberto Carlos, igualar as vendagens do espanhol Júlio Iglesias - hoje um superstar que vende mais de 30 milhões de cópias de cada um de seus discos, determinou que o novo disco de Roberto Carlos tivesse uma promoção extra, com aplicação de mais de Cr$ 10 milhões.
Assim, enquanto outras multinacionais desativam suas áreas de promoção - como a Polygram, está fazendo ao menos no Paraná, para irritação de seus contratados (os últimos LPs de Angela Ro-Ro, Gal Costa e Boca Livre não tiveram até agora qualquer promoção na área de imprensa), a CBS, honesta e organizadamente soube fazer do disco de Roberto Carlos o grande evento deste final d ano e há duas semanas o LP foi para as lojas já com quase 2 milhões de cópias vendidas.
RC deve ser apreciado, sobretudo, como um fenômeno de marketing. Mais do que em termos musicais - estético - artístico, sua presença no ranking da MPB nos últimos 15 anos tem que ser apreciado do ponto de vista de um produto de consumo que, astutamente, tem se adaptado às transformações de seu público. Do cantor jovem-guarda, com canções ingênuas, evoluiu para o intérprete romântico, com as pitadas espiritualistas e eróticas que o mantém num primeiro e único lugar. Assim, caberá, no futuro, os sociólogos, técnicos em marketing, promoção e comercialização [estudarem] este ídolo, que consegue repetir sempre um esquema de fácil consumo e obter, em cada lançamento aceitação extraordinária.



Nesta edição-81, a produção seguiu os mesmos esquemas dos anos anteriores: gravações feitas nos estúdios do [CBS] em Nova Iorque, e no Evergreen, em Los Angeles, com apenas uma mixagem nos estúdios da Sigla, no Rio de Janeiro (ritmo da faixa "Olhando Estrelas", de Eduardo Lages/Paulo Sérgio Valle). Pela primeira vez, as letras das músicas foram incluídas, mas a ficha técnica esquece os músicos que participaram das gravações.



O espiritualismo que no passado já rendeu bons dividendos em "A Montanha", é repetido em "Ele Está Pra Chegar"; a ecologia - preocupação da moda, marca "As Baleias" e o erotismo que no passado fez "Café da Manhã" (ex-"O Motel") escalar as paradas de todos os motéis e FMs do País, tem um novo "clássico" em "Cama e Mesa" - todas, naturalmente composições de Roberto e Erasmo Carlos, que assinam ainda "Tudo Para", "Eu Preciso de Você" e "Emoções". Ter uma música gravada por Roberto Carlos significa [tranqüilidade] financeira, pois os direitos autorais representam milhões de cruzeiros a cada trimestre.

Antigamente, Roberto ficava apenas em suas composições, mas agora ele tem lentamente mas seguramente, dado chance a outros autores. De Maurício Duboc/Carlos Colla, dupla que compõe o seu estilo, gravou o melodioso "Doce Loucura" ("A boca ainda úmida de um beijo/Tocou maliciosamente no meu rosto/E murmurou palavras de desejo/Queimando a minha pele como fogo"). De Mauro Motta/Eduardo Ribeiro, a igualmente aveludada "Quando o Sol Nascer" ("Você pensa que é verdade/É o que vai na sua mente/E se esquece que no amor/Tudo é muito diferente").

ROBERTO FÉ

A religiosidade acompanha o Rei desde a infância mas se intensificou na época de Maria Rita.

O pai, seu Robertino, era espírita, e a mãe, dona Laura, católica. A primeira escola, Jesus Cristo Rei, de Cachoeiro de Itapemirim, era de freiras. Por opção dos pais, o próprio Roberto Carlos pôde escolher e, aos 23 anos, já ídolo da Jovem Guarda, decidiu ser batizado na Igreja Católica, tendo como padrinho o bancário Renato Spindola e Castro, o homem que o socorreu no acidente de trem que lhe custou a amputação da perna.
Na ocasião do nascimento de seu filho Segundinho, assim que foi diagnosticado o grave problema de vista do garoto, Roberto chegou a procurar os espíritas Chico Xavier e José Arigó em busca de soluções. Houve até a possibilidade de tratamento segundo a doutrina, mas o Rei preferiu, seguindo a orientação do próprio Arigó, levar o menino para um médico especialista na Holanda. Essa fase de fé ficou marcada pela música Jesus Cristo, gravada no disco de 1970.
Nessa mesma época, em uma entrevista para o jornal O Pasquim, Roberto se assumiu como católico não praticante. Mas as músicas de teor religioso passaram a fazer parte de seu repertório, como Todos Estão Surdos e A Montanha. Sem fanatismo, ele chegou a regravar Quero Que Vá Tudo pro Inferno no disco de 1975, canção que viria a evitar depois por causa da menção ao inferno.



Roberto Carlos e o Papa

No fim da década de 70, a identificação de Roberto Carlos com o catolicismo se intensificou depois que o papa João Paulo II foi recepcionado no México por um coral de crianças cantando a música Amigo. Nos anos 80, pelo menos dois fatos marcaram a postura religiosa do Rei. O primeiro foi a recusa de gravar Se Eu Quiser Falar com Deus, que Gilberto Gil compôs especialmente para ele, alegando que a letra não correspondia com sua idéia de Deus. O segundo foi o apoio que deu à censura do governo militar ao filme Je Vous Salue, Marie, de 1985, que o indispôs com artistas mais progressivos como Caetano Veloso.

Mas foi ao iniciar seu relacionamento com Maria Rita que Roberto passou a se dedicar mais abertamente ao catolicismo. Essa fase se reflete em músicas como Nossa Senhora, Jesus Salvador e O Terço e, principalmente, no disco Mensagem, de 1999, no qual só gravou canções de fundo religioso. Com a mulher, o Rei começou a frequentar grupos de reza, casou-se na igreja e até cantou para o papa João Paulo II na visita que fez ao Brasil em 1997. Mas a viuvez, acompanhada publicamente pelo seu semblante de tristeza e dor, o fez questionar sua fé. Não, ele não a perdeu, mas entendeu que nem sempre ela move montanhas.


:: Logo que começou a fazer sucesso, Roberto recebeu da irmã Fausta, sua professora no Colégio Jesus Cristo Rei, o medalhão com a imagem do Sagrado Coração de Jesus, que marcou o seu visual.

:: O cineasta Paulo César Saraceni pensou em Roberto para protagonizar o filme Anchieta, José do Brasil, de 1977, por causa da identificação do cantor com a religião, mas o Rei não aceitou o convite.
:: Por causa do problema de Segundinho com a visão, Roberto Carlos tornou-se devoto de Santa Luzia, a protetora dos olhos, e todos os anos, no dia dela, vai à missa na Igreja de Santa Luzia, no Rio.
:: Outro ritual anual é reunir a família na Igreja Nossa Senhora do Brasil, na Urca, Rio, para uma missa em homenagem a Maria Rita.
:: Na visita do papa João Paulo II ao Brasil, em 1997, o cantor pediu e o pontífice abençoou dois terços para ele.
:: No enterro de Maria Rita, em 1999, Roberto pediu que o caixão fosse reaberto para ele colocar nas mãos dela um terço que ganhou do padre Marcelo.
:: O Rei tem uma capela em seu estúdio, onde frequentemente se isola para rezar.
:: Em sua obra, os termos religiosos ''Deus'', ''Jesus'' e ''luz'' são os que mais aparecem.

ROBERTO E AMIGOS

Admirado inclusive pelos colegas de profissão, Roberto fez muitas amizades no meio artístico


Ele sempre foi um homem reservado e avesso a badalações. Por isso, só os seus familiares e amigos mais próximos têm o privilégio de desfrutar sua companhia e intimidade. São pessoas escolhidas a dedo pelo Rei e pelas quais ele cultiva um grande carinho. Talvez esse seja um dos motivos de Roberto Carlos ser frequentemente homenageado pela classe artística, com quem mantém um ótimo relacionamento.
Foi assim na festa que comemorou seus 50 anos de carreira, quando 20 divas da música brasileira o reverenciaram e interpretaram alguns de seus maiores sucessos. Entre elas estavam a eterna Ternurinha, Wanderléa, Alcione, Rosemary, Ivete Sangalo e Hebe Camargo. Todas suas admiradoras e algumas amigas de longa data, que fazem parte de sua história e dividem alegrias e tristezas. É o caso de Hebe. A apresentadora esteve ao lado de Roberto durante um dos momentos mais difíceis de sua vida: a luta de sua ex-mulher Maria Rita contra o câncer.




Irmão Camarada

Muitos de seus amigos já não estão mais aqui, mas marcaram igualmente a trajetória do Rei. Elis Regina é uma delas - ferrenha adversária de Roberto nos anos 60 -, rendeu-se a seu carisma e chegou a gravar algumas de suas músicas. Mas se tratando de amigos, um tem lugar especial na história de Roberto: o tremendão Erasmo Carlos.
Os dois se conheceram em meados de 1958, no Colégio Ultra, no Rio de Janeiro, e a identificação foi quase instantânea. Eles passaram a compor juntos e formaram uma das mais conhecidas dupla do país. Com o passar dos anos, construíram uma amizade sólida - cantada na música Amigo, de 1977 - que dura até os dias de hoje.

Outras amizades, como a com o cantor e compositor Caetano Veloso, também começaram há anos e persistem até hoje. Em 1968, quando havia uma disputa entre Jovem Guarda e Bossa Nova, Caetano impressionou Roberto dizendo que tinha passado a ver o ritmo alucinante do iê-iê-iê com outros olhos após ouvir suas músicas. Nascia ali uma amizade e mais músicas vieram. Ao visitar o amigo no exílio, em Londres, o Rei compôs a música Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos (1971) em sua homenagem. A gentileza foi retribuída com Como Dois e Dois (1971), Muito Romântico (1977) e Força Estranha (1978).

:: Em 1977, Roberto Carlos e Pelé cantaram juntos a música O Mundo É uma Bola.

:: Seus músicos trabalham com ele há mais de 30 anos. Roberto não gosta de demitir ninguém e trata cada um como se fosse de sua família.
:: Em 2008, Ana Paula - enteada de Roberto que ele considera como filha - casou-se com o músico Paulinho Coelho, guitarrista de sua banda. Anos antes, ela havia namorado o cantor Antônio Marcos e causado a ira do Rei, que não aceitou o namoro.
:: Roberto Carlos e Caetano Veloso subiram ao palco para um show em 2008, em uma homenagem ao maestro Tom Jobim e aos 50 anos da Bossa Nova.
:: Dos 33 especiais apresentados por RC na TV Globo, o amigo de fé, Erasmo Carlos, participou de 25.

OS AMORES DE R C

:: Foi a filha de Nice, Ana Paula, quem apresentou Maria Rita, então com 16 anos, a Roberto Carlos.



:: Maria Rita costumava se referir ao marido como ''bonitinho''.

:: Depois que se casou com o Rei, Maria Rita só colocou roupas nas cores azul e branco no seu guarda-roupa, seguindo as preferências do marido.
:: Para homenagear Maria Rita, Roberto Carlos construiu um jardim ao lado de seu estúdio, na Urca, Rio de Janeiro, onde escolhe pessoalmente as plantas, entre elas roseiras, marias-sem-vergonha e manacás.

O GRANDE AMOR

No ano seguinte, Roberto Carlos viria reencontrar aquela que seria o grande amor de sua vida, Maria Rita. Eles se conheceram em 1977, quando ela tinha 16 anos e estava impedida pela família de assumir um romance com um homem mais velho como o Rei. Mas em 1991 o momento era outro e o casal não teve barreiras para viver um caso sério, com os dois indo morar juntos no apartamento dele na Urca, no Rio de Janeiro, em 1992, e oficializando a união em 1996 com uma cerimônia de casamento para poucas pessoas.

Depois de perder sua mulher para o câncer em 1999, Roberto se entregou ao luto e pouco se viu ou se ouviu sobre namoradas. Mas, comemorando o meio século de carreira, ele sorri novamente, e há quem aposte que o Rei em breve deve assumir um novo amor.

No início de seu romance com Roberto, Nice teve uma adversária de peso, Lady Laura. A mãe do Rei teria implicado com a futura nora por ela ser desquitada e já ter uma filha, Ana Paula.

:: Uma das primeiras músicas que Roberto compôs para Nice foi Meu Grito, que virou sucesso na voz de Agnaldo Timóteo em 1967. Ela também foi a musa inspiradora de Como É Grande o Meu Amor por Você, Por Isso Corro Demais e De Que Vale Tudo Isso, entre outras
Mesmo separados, Roberto ficou ao lado de Nice quando ela descobriu que estava com câncer. Ele deu todo o apoio até a morte dela, em 1990.

:: Há duas versões sobre a música Namoradinha de um Amigo Meu. A primeira diz que foi feita sob encomenda e a segunda teria como musa inspiradora Maria Stella Splendore, que na época era casada com o estilista Dener.
:: Pouco antes de conhecer Roberto Carlos, Myrian Rios posou nua para dois ensaios, mas, depois que passaram a viver juntos, o Rei comprou os direitos dessas fotos para impedir que fossem republicadas.

Na música A Atriz, que compôs para Myrian Rios, Roberto fala do ciúme que sentia ao ver sua mulher contracenando com Paulo Castelli na novela Ti-Ti-Ti (1985).

ROBERTO CARLOS AMORES

Roberto Carlos, ídolo da Jovem Guarda, podia escolher a mulher que quisesse já no começo dos anos 60. Discreto, ele teve seus romances com fãs e até colegas, como Rosemary e Wanderléa, mas nunca deixou esses casos virem à tona. Até que, em 1967, assumiu seu compromisso com Cleonice Rossi, que conheceu nos bastidores da TV.

O casamento aconteceu em 1968, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, já que Nice era desquitada e naquela época ainda não existia o divórcio no Brasil.

O casamento terminou de forma amigável em 1979. E naquele mesmo ano, Roberto se encantou com Myrian Rios. Atriz em início de carreira, ela não acreditou quando foi acordada por um telefonema do Rei propondo um encontro. Dali para irem morar juntos foi um pulo, e o relacionamento, marcado por momentos de felicidade e crises de ciúme, terminou em 1990.


O Grande Amor




O cantor homenageou a pacata cidade onde nasceu ao gravar a música Meu Pequeno Cachoeiro, composta por Raul Sampaio.

:: O Rei sempre fez questão de participar da educação dos filhos e até hoje, quando procurado por eles, assume a função de conselheiro sentimental.
:: De acordo com Segundinho, Roberto, como avô, é muito mais liberal do que como pai. Roberto Carlos tem quatro netos.

ROBERTO CARLOS FAMILIA

: Quando Roberto nasceu, a família Braga morava numa casa modesta, de três quartos, no alto de uma ladeira, no bairro Recanto.

:: Ele sempre foi uma criança alegre, que gostava de andar de bicicleta, empinar pipa e jogar futebol com os amigos.
:: Outra de suas atividades preferidas era tomar banho nas águas do Rio Itapemirim, onde ia acompanhado dos irmãos e do pai, com quem aprendeu a pescar, hábito que manteve quando adulto.
: Quando criança, o Rei tinha adoração por sua única irmã, e foi nessa época que ele a apelidou carinhosamente de Norminha.
:: Desde muito pequeno, Roberto passava horas ouvindo rádio e já demonstrava um enorme interesse musical.

Aos 6 anos, foi matriculado no colégio de freiras Jesus Cristo Rei. Anos mais tarde, já na época da Jovem Guarda, sua segunda professora do Cristo Rei, Irmã Fausta, lhe deu o medalhão que ele usou pendurado no pescoço durante muitos anos.

:: Roberto era fã de Bob Nelson, um artista brasileiro que se vestia de caubói e cantava músicas country em português.
:: Todas as vezes que o Rei ia cantar na rádio local, em Itapemirim, sua mãe, dona Laura, fazia questão de arrumar o filho com roupas feitas por ela mesma.
: O prêmio por ter vencido o concurso infantil na Rádio Cachoeiro foi um punhado de balas. Mas, depois de sua vitória, tornou-se presença assídua durante todos os domingos no programa.
:: Em janeiro de 1955, o adolescente Roberto Carlos não escondia sua vontade de alcançar o sucesso, tentar a vida na cidade grande e alçar voos maiores. Foi quando ele foi passar férias em Niterói (RJ), na casa de sua tia Jovina, já com o intuito de participar de alguns programas de rádio que davam oportunidades para novos cantores. Com a aprovação e o incentivo de seus pais, ele acabou se mudando para lá.


Homenageou a mãe - a maior incentivadora de sua carreira - ao compor Lady Laura, em 1978.

:: Seu pai, Robertino, foi quem lhe deu o primeiro violão, aos 17 anos, no qual Roberto compôs muitos sucessos. Ele faleceu em janeiro de 1980, aos 83 anos. Em homenagem ao pai, Roberto compôs a música Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo em 1979.
:: Em 1991, o cantor reconheceu a paternidade de Rafael Torres Braga, já com 25 na época, filho de Roberto com a fã Maria Lucila, de Belo Horizonte, Minas Gerais.
:: O acidente que sofreu na infância foi tema de diversas composições do cantor, como na música O Divã (1972).

MOMENTOS DO REI