Ao menor sinal de que o show vai começar, uma onda de excitação percorre rapidamente a casa de show, completamente lotada. As luzes se apagam. A entrada do maestro Eduardo Lages regendo a orquestra em versões instrumentais dos clássicos é recebida pelos gritos e flashes fotográficos. Até Roberto Carlos subir ao palco, soltando seu sorriso característico e a voz: “Quando eu estou aqui / Eu vivo esse momento lindo / Olhando pra você / E as mesmas emoções / Sentindo...”
Os versos de Emoções parecem resumir a relação íntima entre o público e o “Rei”, que ano passado comemorou 50 anos de carreira com vários dos maiores sucessos da música brasileira, músicas na ponta da língua de qualquer um e na voz de outros tantos intérpretes. Músicas que ele relembra em seus shows, uma atrás da outra, revivendo as emoções que já fizeram de seu show uma espécie de ritual em que todos sabem o que irá acontecer, mas nem por isso a intensidade do encontro se esvai.
Depois de uma pequena pausa para agradecer o patrocinador e dizer da satisfação de voltar a Fortaleza, Roberto Carlos declara: “Mas meu negócio não é conversar, eu vim aqui pra cantar”. É a deixa para emendar sucessos como Detalhes, Eu te amo, te amo, te amo, Cama e Mesa e Amor Perfeito.
Munidos de câmeras e filmadoras digitais, os presentes no Siará Hall registram o momento com uma dedicação comparável a que empregam no coro de vozes que acompanha o cantor ao vivo. São os grandes sucessos, um após o outro, que fazem do show de Roberto Carlos ao mesmo tempo um momento inesquecível e uma lembrança de emoções vividas nesse mais de meio século de carreira.
