sábado, 18 de setembro de 2010

ROBERTO CARLOS PRODUTO COMERCIAL

Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de dezembro de 1985


A cada ano repete-se a operação Roberto Carlos. Vendas antecipas (este ano chegando a 1.300.000 cópias), espaços nobres na imprensa nacional e as discussões de sempres em torno da mesmice, da repetição cíclica que faz, há 20 anos , o "Rei"se manter como campeão absoluto em vendagens e popularidade. Inútil negar: RC mantém a fórmula segura de alcançar um público que, ao longo destas duas décadas, só tem crescido. As sua músicas falam de amor, dor-de-cotovelo com toques ora ufanistas (este ano a "Verde e Amarelo", com olhos fixados na próxima Copa do Mundo), como no passado foi para o lado espiritualista e na abertura sensual - presente aqui em "Simbolo Sexual".
-"Com o poder que ele tem de comunicação, poderia fazer alguma coisa pela nossa verdadeira música . O que ele canta não é brasileiro, embora agrade ao público. Mas de vez em quando ele poderia dar uma colherzinha de chá a música brasileira".
Realmente, R. C. é um fenômeno em termos de comunicação e produto comercial. Mais do que sinplesmente gostar ou desgostar de sua música, é preciso ve-lo como intérprete de um produto que - tal como um bom sabonete ou uma marca de cigarro- tem a preferência nacional. Para tanto, nem ele-nem a gravadora-arriscam-a mudar em nada a forma com que o é servido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

MOMENTOS DO REI